miércoles, 1 de octubre de 2014

FRANCISCO SETTINERI


De Porto Alegre - Brasil

ENIGMA
.
Yo te pido con respeto
Si eres poeta, no respondas
No esquives, ni escondas
Lo que trae el dolor en el pecho...

Puede haber un modo
En la carretera por que sondas,
Cuando va a por entre rondas
Buscar amor perfecto?

Pero o seu foges de animación
En el silencio con que labas
Soledad de mil palabras

Jugando tan de repente,
A pesar de ser propicio
Que te calles, simplemente...


SILENCIOSOS

O teu silêncio é grito abafado
Na triste espera que me fez ausente.
Nem exércitos, nem lutas de amor noturnas,
Entre abraços. Nem flores, nem gritos,

Nem gemidos, entre lençóis.
Distantes, vencidos, apenas.
Sangras, eu sangro.
Onde a ferida, o desalento?

Amiga, o sofrimento é termos ido,
Sem sequer termos iniciado.
Tudo se perde, sem memória.
Inúteis apelos na partida, em voz mansa.

Amor um dia cansa - termos sido! -,
Sem nunca termos começado.
Agora que a dor caminha para o esquecido,
Imagino o que teríamos tido,
Lado a lado.

O que não foi, à espera de outra recusa,
Nunca se dá por terminado.
A espera de si mesma abusa,
Meu silêncio é grito, desesperado.

Francisco Settineri



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